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    segunda-feira, 18 de maio de 2015

    TUMULTO NA ELEKTRA: Funcionários da empresa cobram salários e indenizações

    Protestos de ex-funcionários na Elektra em Petrolina
    Imagem compartilhada por Paulo Ricardo no Facebook
    O Grupo Salinas, responsável pelo Banco Azteca e pelas Lojas Elektra, que promoveram uma demissão em massa nas agências do grupo no 
    Estado, afirmou que o impasse que ocasionou os protestos de hoje (18), ocorreu por uma falha de comunicação entre a empresa e os funcionários. 

    De acordo com o porta-voz do grupo, Rui Nogueira, todos os direitos dos profissionais demitidos estão assegurados e nenhum funcionário será lesado.

    Tumulto e vários cartazes hoje à frente da loja em Petrolina-PE surpreendeu aos que por ali passavam e principalmente a clientes, por haver também presença da polícia nos protestos dos ex-funcionários da loja.

    "O banco continua operando normalmente. As demissões foram na loja Elektra, já que de 35 lojas, 33 foram fechadas. Estamos fazendo um estudo de reposicionamento para saber como se comporta o mercado e a economia locais. O que ocorreu, e acabou ocasionando o protesto, foi uma falha de comunicação entre os profissionais e a empresa. Nós preservamos os direitos dos trabalhadores e respeitamos os profissionais. Todos os sindicatos da categoria receberam um telegrama comunicando a preservação desses direitos e hoje enviamos o mesmo telegrama a cada trabalhador", afirma Nogueira.

    O porta-voz desmentiu ainda todas as denúncias de assédio contra a empresa. Segundo ele, o grupo nunca recebeu nenhum tipo de denúncia a respeito disso. "Desmentimos cabalmente as denúncias de assédio. Nunca chegou até nós nenhum tipo de denúncia a respeito disso e nós nunca tomamos conhecimento desse tipo de fato. O grupo que se manifestou hoje é pequeno, mas reconhecemos o protesto e vamos cumprir a lei sem que ninguém seja lesado", ratificou.

    Os ex-funcionários do Azteca afirmam que continuarão protestando amanhã, em frente à sede do banco e também no Ministério do Trabalho. O grupo afirma que foi recebido hoje, no início da manhã, por cães e seguranças na sede da empresa, localizada na Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem. Cerca de 50 pessoas ficaram concentradas em frente ao Azteca, bloqueando o trânsito no local algumas vezes durante a tarde.

    De acordo com os profissionais, as demissões dos 537 funcionários ocorreram no dia 07 deste mês, e desde então, nenhum representante da empresa entrou em contato com os funcionários para informar sobre o pagamento dos direitos trabalhistas.

    "Estamos querendo deles apenas as nossas indenizações. Ninguém do banco nos procurou para esclarecer o caso e desde a demissão não vemos nenhum representante do banco, quem deu baixa em nossas carteiras foram os seguranças. Nos mandaram embora sem justificativa nenhuma.  Somos trabalhadores e fomos recebidos aqui com cachorros, se a gente não protestar eles vão embora pro México e nós ficamos sem nada", conta uma das ex-funcionárias do Azteca, Fabiana Santos. 

    Entre os demitidos, havia grávidas, mulheres em licença maternidade, estagiários, chefes de setor e até um funcionário que estava hospitalizado devido a um acidente de trabalho. O grupo explicou que o protesto foi organizado porque na sexta (15), se esgotou o prazo-limite para que a empresa fizesse os pagamentos e que amanhã (19), o grupo continuará reivindicando, de forma pacífica. 

    As demissões dos 537 funcionários ocorreram no dia 07 deste mês, e desde então, nenhum representante da empresa entrou em contato com os funcionários para informar sobre o pagamento dos direitos trabalhistas.

    "O tempo todo éramos julgados como pessoas burras e preguiçosas pelos representantes do banco por sermos brasileiros. Algumas pessoas trabalhavam aqui por até 16 horas. Eles se consideram superiores e não nos respeitaram", conta uma das ex-funcionárias do banco, Kátia Cristina, que trabalhava na empresa há 7 anos.

    O site do Banco Azteca informa que o banco mexicano surgiu em 2002, a partir da oportunidade gerada pela baixa bancarização do México e está orientado para o público de menor renda. A empresa possui 1.400 filiais e cerca de 15 milhões de clientes. As lojas Elektra, que também fazem parte do Grupo Salinas, encerraram suas atividades neste mês, em todo o Brasil. O banco Azteca funcionava dentro das lojas da Elektra e em 2013, a Elektra também deixou a Argentina. No entanto, tais fechamentos parecem não abalar a fortuna do bilionário Ricardo Salinas, presidente do grupo. No primeiro trimestre de 2015, o Grupo Salinas teve receita de R$ 3,96 bilhões, 11% a mais do que o mesmo período de 2014.
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    Com informações: JC ONLINE
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